sexta-feira, 13 de maio de 2011

A ERA DO$ MEGA TEMPLO$

Epístola da redação

Mais uma vez, a mídia evangélica – e a não evangélica também – é invadida com polêmicas do mundo gospel: construção de megatemplos, líderes se autopromovendo e se autointitulando pastores, bispos, apóstolos e, agora, patriarca.

Estamos em uma era de grandezas, de egos enaltecidos, do evangelho agigantalhado, que promete vida com abundância – não espiritual, mas material – de enaltecimento do povo de Deus, como cabeça e não cauda. E a agilidade com que esses conceitos são formadas, criados, montados e difundidos passa, muitas vezes, despercebidas no turbilhão de informações que recebemos no dia a dia. Não temos tempo de pensar no perigo que o engradecimento de pessoas e coisas nos afastam da simplicidade do evangelho. Perigo não para a vida, mas para a eternidade. Perigo para a alma e para o relacionamento que o cristão deve buscar com Deus.

Não existe nada de mal em uma igreja querer dar conforto ao membro que assiste ao culto. Não existe nada de mal em um líder exigir respeito por meio de uma nomenclatura de um cargo criado por ele mesmo. Não é pecado, mas pode ser um exagero megalômano, se pensarmos que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens”(At.7:48) e que o próprio João Batista, último profeta a propagar a vinda do Messias e vê-lo face a face, delcarou: “é necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo.3:30).

A última edição de 2010 de Eclésia traz em seu conteúdo matérias que nos fazem pensar sobre isso. Até onde o ‘ide e fazer discípulos’ está sendo levado a sério como um dos últimos mandamentos de Jesus na Terra?

E como queremos chegar em 2020, ano que, segundo pesquisas, o evangélico será maioria no Brasil? Com templos cheios, ou cheios do Espírito de Deus?

Isso e muito mais você encontra nessa edição da Revista Eclésia

Boa leitura

Regina de Oliveira Editora

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