domingo, 22 de maio de 2011

Sinais do Apocalipse???


Epístola da redação

Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), duas bombas atômicas atingiram em cheio as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Estima-se que mais de 200 mil pessoas tenham morrido, sem contar os efeitos que a radiação causou nas gerações posteriores. Sessenta e seis anos depois, o Japão é vítima de um novo e duríssimo golpe: com a força equivalente a milhares de bombas atômicas, o terremoto de 9,0 graus só não fez mais vítimas do que as ogivas norte-americanas porque o epicentro do cismo aconteceu a 32 mil metros de profundidade e a 130 quilômetros do continente. Mesmo assim, as ondas gigantes chegaram ao litoral com força avassaladora, varrendo cidades inteiras e danificando reatores nucleares.

Novamente, então, impassível o mundo se vê ameaçado pelo risco da contaminação do ar pelos gases radiativos. Mas o que gira em torno de tragédias dessa magnitude? Enquanto os céticos tentam entendê-las como fenômenos naturais, muitos evangélicos – entre os quais se incluem teólogos e escatólogos – encontram explicações nas Escrituras Sagradas, como em Lc 21.21-22: “Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são esses, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas”. Diante disso, uma indagação: até que ponto o terremoto e o tsunami que devastaram o Japão e levaram o mundo a temer o pior desastre nuclear de todos os tempos são sinais do Apocalipse?

Acompanhe a reportagem O Temor sob o Bramido do Mar, e tire suas próprias conclusões. E também: a morte de Osama bin Laden acirra ainda mais os conflitos de ordem religiosa, e ameaças de novos ataques terroristas deixam o mundo ocidental em estado de alerta máximo. Tragédia lá, tragédia cá. O Brasil não é chacoalhado por terremotos, mas acaba de entrar no mapa – ou nas tristes estatísticas – dos crimes motivados por fanatismo religioso. O massacre de crianças numa escola da zona oeste do Rio de Janeiro é outro sinal, para os cristãos, de que a humanidade realmente vive o fim dos tempos. Ou não?! Se pudéssemos escolher, nós, jornalistas, optaríamos por divulgar somente “coisas” boas, positivas, alegres; contudo, o mundo caminha na contramão de nossas vontades, fazendo-nos navegar por lados opostos, tortuosos, tristes. Por ética, cumpre-nos informar, machuque ou não. Prestemos, então, nossa solidariedade aos japoneses e às famílias das vítimas de Realengo. Permaneçam firmes na fé; afinal “só ele [o Senhor] cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas” (Sl 147.3).

Edifiquem-se, na leitura!

JD Morbidelli

Nenhum comentário:

Postar um comentário